quarta-feira, 27 de maio de 2009

A ESTRUTURA

A estrutura é a organização das diferentes partes que constituem uma forma, um objecto, uma obra de arte. A estrutura impõe uma ordem e determina as relações entre as diversas partes ou formas. Desde que exista um qualquer tipo de organização, existe sempre uma estrutura. Essa estrutura funciona como um esqueleto que suporta as formas e as faz funcionar.

A estrutura numa composição, é a organização-base que estabelece o arranjo das formas numa composição. A estrutura impõe uma ordem e determina as relações entre as diversas partes ou formas.

A ESTRUTURA ESPACIAL DA IMAGEM


O espaço, na imagem, deve possuir uma ordem clara, suficiente para criar uma estrutura e produzir uma significação plástica. Neste sentido, a organização espacial que implica a composição da imagem pode levar-se a cabo a partir de duas técnicas ou procedimentos básicos: a organização do espaço da imagem sobre a perpendicular do quadro, o que dá origem a um espaço em profundidade, ou a organização sobre a horizontal do quadro, o que dá lugar a um espaço, de dominante frontal.
Existem, obviamente, fórmulas híbridas, posicionamentos intermédios, mas aquelas são opções básicas para compor o espaço da imagem fixa. Vejam-se as particularidades daquelas duas opções de composição, quanto aos seus princípios e leis compositivas:
- planos sobrepostos;
- variação de tamanho;
- distância, deslocação da base do quadro;
- perspectiva linear;
- perspectiva aérea;
- mudança de cor

As estruturas podem ser geométricas (construídas segundo leis matemáticas). Nas estruturas não geométricas (ou informais) a organização das formas é livre e mais ou menos indefinida.

A estrutura pode ser visível ou invisível. Uma estrutura é visível quando as linhas que constituem a estrutura são linhas explícitas. São como uma «armação» que podemos ver, ou perceber numa composição de uma obra ou num objecto. As estruturas invisíveis são como o nosso esqueleto. Um exemplo de uma estrutura artificial oculta é o da Estátua da Liberdade, cuja estrutura foi projectada pelo engenheiro Gustave Eiffel (1832-1923).

Para além das classificações - estruturas geométricas e não geométricas, visíveis e invisíveis, naturais e artificiais- existem as estruturas harmónicas. Estas estruturas harmoniosas resultam da aplicação de algumas regras que definem proporções fixas, entre vários elementos de uma composição. Muito utilizadas na pintura, ou na arquitectura, por exemplo, constituem uma grelha base para a organização da composição. A primeira estrutura harmónica foi baseada no rectângulo de ouro, uma construção já conhecida dos Antigos Gregos (desde c. 776 a. C.) nos seus estudos de Geometria.

As estruturas de repetição, associadas às estruturas harmónicas, mas multiplicando as linhas estruturais de modo a permitir a construção de uma grelha repetitiva que ocupa todo o espaço disponível no suporte (a folha de papel, a tela da pintura, etc), assumem diversas configurações possíveis na construção das estruturas de repetição a duas dimensões. A estrutura bidimensional de repetição mais evidente é a estrutura regular quadriculada ou grelha básica.

No caso das estruturas tridimensionais, é possível observar regras de construção semelhantes às das estruturas bidimensionais, embora adaptadas às três dimensões. A estrutura tridimensional mais básica é uma estrutura baseada no cubo, com as arestas a servirem de linhas estruturais - numa espécie de quadrícula a três dimensões.

Com base na organização das formas no plano, e utilizando a repetição, podemos obter uma composição modular. Esta composição tem como base estruturas básicas, de gradação e radiais. Neste tipo de composição existe uma unidade formal que se repete ao longo da grelha da estrutura. A esta unidade chamamos módulo, e ao resultado da repetição do módulo chamamos padrão.

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